Sabor fel na esperança

de sorrir e desdenhar.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dá-não-Dá

Já te disse que para mim tudo tem fim, menos as baratas, e aquele dia o vi andando com duas nos pés! Claro, não baratas de verdade, apenas figurativas, mas com certeza BARATAS.
Porra, fiquei séculos pensando no que aquilo poderia dizer sobre nós dois. Sobre nós dois depois de tantas conversas, intrigas, brigas, desamores, felicidades e mais as milhões de emoções que passamos juntos e descobri .. também somos baratas.
Não as nojentinhas que vivem no esgoto ou tem sangue amarelo, mas as que são resistentes ao extremo.
Com isso lembrei que um certo dia tinha decidido desistir de você. Logo depois você tinha decidido desistir de mim. ERA ÓBVIO né, como não desistir depois de tantos erros babacas fingidos de acerto com laços rosas.
Colocamos então um ACABOU ...
Mas na verdade não tinha acabado, era apenas o bem-dito FIM, que abria as portas para mais um livro, ou começo tanto faz(te garanto, se for um livro já estamos no segundo volume), sei que temos tempo para vírgulas e pontos finais.
Porém não quer dizer que vá dar certo, afinal, finais felizes só se encontram no término da trilogia, mas por ser assim, ainda temos aquela possibilidade de liberdade à dois.
Nisso tudo o tempo passava e te corróia, enquanto passava também me matava mas mesmo assim estávamos ali, mortos de vontade de boca, mas calados e distantes como nunca, apenas com calda de chocolate na língua.
Demos um tchau e logo depois me disse que talvez seja melhor assim para mim, porém te disse que talvez fosse... já não sei. Supus que estivesse tudo certo ali. Tão perto mais tão distante, já tínhamos vivido a eternidade assim.
Passamos de fase, e agora diz que ainda não dá, que talvez um dia dê. Então vi que te ensinei a esperar mais do que um dia aprenderia a viver.
Ao fim cansamos de tanto dá-não-dá, deixamos a vida correr enfim, mas sei no fim (ou começo) tudo meu sempre te dá, e tudo que é seu dá em mim.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Giz

Tudo aqui começou como desabafo e como vontade de deixar alguns medos e receios para lá.
A faculdade traz aprendizado e diversão, a vida em família traz problemas e risos, os amores trazem apenas distração.
Pensando nisso e querendo que entendessem o que estava vivendo, começei a pensar e vi que sempre achei interessante quem escrevia em blogs como desabafo ou como forma de promover seus trabalhos, poesias e coisas mais, porém hoje vi que não cabe no meu sapato. Talvez o sapato deles seja largo o suficiente para isso, o meu é pequenininho (de acordo com o tamanho) e nunca sei se estou falando comigo mesma ou com outros... mesmo se estiver, qual seria o sentido de escrever aqui se poderia usar o word e apagar tudo depois?
Refleti sobre isso e lembrei de um sábio professor que me disse certo dia que a arte depois de feita já não pertence a nós e sim aos que a admiram ou a repudiam. Agora entendo o que ele quis me fazer entender. O que escrevo já não pertence a mim a partir do momento que o divulgo aqui e ISSO NÃO ME SATISFAZ.
Porra, aquelas viagens loucas são minhas, os desamores, a ansiedade e a tristeza também! Abandonei o blog a um bom tempo e só agora vejo o verdadeiro porque.
Não estou pronta para compartilhar, mas claro, de vez em nunca, em um dia de comunicação aparecerão posts por aqui, mas por enquanto digo Tchau e com isso mais uma pequena tentativa de se fazer entender.

Meu quadro negro foi substituído
Meu giz branco se tornou azul
Escrevo sobre amor e razão
Mas é tudo uma questão de opinião

Aquele quadro branco reluz
Cores e mais cores que eu nunca pude ver
O pensamento voa longe
Escrevo e apago
Agora para mim não mais à você.

Beijos.